Uma pergunta muito frequente no meu consultório, no blog do site e nas redes sociais é a seguinte: eu posso e eu devo preservar a safena para tratar as varizes ou eu preciso eliminá-la?
Responder essa pergunta com a base científica que temos hoje é um tanto quanto complexo.
Isso porque existe uma corrente da informação que afirma que a safena não serve para nada, assim, quando ocorre refluxo ela precisa ser tirada.
Entretanto, realizar esse procedimento pode oferecer um benefício a curto prazo, mas a longo prazo pode não ser tão bom quanto imaginamos.
Continue a leitura desse artigo para entender melhor sobre quando é necessário realizar uma cirurgia e qual o tratamento alternativo para a safena!
A safena
Em primeiro lugar, não é necessária uma preocupação imediata para operar, se você tem varizes.
Na verdade, somente 10 a 15% dos casos precisam de procedimento cirúrgico.
A outra fatia de pacientes (entre 85 e 90%) pode resolver problemas de varizes com a mudança de qualidade de vida, como a adequação de exercícios e controle do peso.
Além disso, é possível resolver esse problema com procedimentos de correção do fluxo venoso, eliminando através de terapia com injeção e tratamento a laser.
Basicamente, se o paciente tratar as veias colaterais, pode ser possível resolver o refluxo na safena e evitar uma cirurgia depois.
Então, como a maioria dos pacientes não precisam de cirurgia, fique tranquilo!
Na maioria dos casos, é totalmente possível resolver clinicamente ou com um tratamento de injeções e laser, que é bem simples.
Quando a cirurgia é necessária?
Os 10 ou 15% dos pacientes que necessitam de cirurgia são aqueles quem tem um refluxo maior, com veias muito grossas e muitas veias envolvidas.
Nesses casos, é mais complicado de resolver com injeção porque são tantas veias para injetar que seriam muitas sessões.
Além disso, as veias quando são muito grossas, podem ficar com manchas depois da escleroterapia.
Isso ocorre porque se uma veia morre com um pouco de sangue dentro, surgem manchas escuras na perna.
Dessa forma, em situações como essas, é inevitável a cirurgia, que pode ser para preservar a safena, invés de retirá-la.
Nos casos que a cirurgia precisa ser feita, ela acontece com anestesia local e sem repouso.
Assim, o paciente já pode caminhar já no dia seguinte.
Técnica hemodinâmica
A princípio, os pacientes que têm veias doentes podem ser tratados utilizando a técnica hemodinâmica (CHIVA).
A técnica hemodinâmica é bem aceita nos consultórios para o tratamento da safena, tendo em vista o baixo índice de recidivas, baixo índice de lesão de nervo e menos hematomas que na técnica de stripping.
Dessa forma, é possível preservar a veia para o caso de necessidade de uma ponte de safena para infarto ou isquemia na perna.
Basicamente, em contraposição ao que é bastante disseminado, que é a inutilidade da safena, a nossa conduta é preservar sempre essa veia.
São casos muitos raros que não tem resultados positivos de preservação, então, em uma via geral, com essa técnica é possível manter o máximo de veias possíveis.
Essas informações foram úteis para você? Se ainda restarem dúvidas, entre em contato comigo!
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